segunda-feira, dezembro 20, 2004
Band Aid 20
«It was twenty years ago today»... Mas lembro-me como se fosse hoje. De repente fiquei a saber que havia um país chamado Etiópia, onde as crianças morriam à fome. Tinha 10 anos e as imagens de crianças magras, de barrigas inchadas e olhos e lábios cheios de moscas, pareceu-me tirada de um filme de terror. Mas eram verdade. E de tão repugnantes que eram, tinham conseguido acordar o mundo da Pop Britânica da letargia em que vivia.
Lembro-me de ver o vídeo clip da Band Aid original quando entrou para o Top 20. Estavam lá todos os que me começavam a chamar para a música. O McCartney, o Bono, o Sting, os Duran Duran, os Wham... Era pequeno, mas pedi o single ao meu pai. Ainda o tenho. Ouvi-o vezes sem conta. No Verão do ano seguinte, estive colado ao televisor no dia 13 de Junho. O espectáculo Live Aid foi o meu primeiro concerto.
Ainda hoje me surpreende como é que foi possível juntar tanta gente, tantas editoras, tantos artistas e fazer uma coisa daquelas. No meio de uns anos 80 materialistas e virados para o culto do eu, a Band Aid foi a prova que pela música se pode ser altruísta e ajudar a combater as injustiças.
Vinte anos depois, as coisas em África mudaram pouco. «The Christmas bells that ring there, are the clanging chimes of doom». Por isso, ainda faz sentido falar de Band Aid. E comprar um CD single por 4 euros,, sabendo que se pode estar a fazer a diferença.
A versão de 2004 é muito mais Zen... Mas espelha vinte anos de música, de mundo, de evolução. E não fica nada aquém do original.
É lugar-comum deixar a solidariedade para o Natal. E também é lugar-comum dizer que se fôssemos solidários, todos os dias, não era preciso fazer Band Aid’s.
Mas eu não gosto de lugares-comuns... E prefiro pensar que, se em 365 dias, reservarmos um que seja para pensar que há crianças a morrer de fome. E aproveitarmos uma campanha para tentar remediar esse mal... Já estamos a fazer a diferença. Foi por isso que comprei o Band Aid 20. Feliz Natal.
Lembro-me de ver o vídeo clip da Band Aid original quando entrou para o Top 20. Estavam lá todos os que me começavam a chamar para a música. O McCartney, o Bono, o Sting, os Duran Duran, os Wham... Era pequeno, mas pedi o single ao meu pai. Ainda o tenho. Ouvi-o vezes sem conta. No Verão do ano seguinte, estive colado ao televisor no dia 13 de Junho. O espectáculo Live Aid foi o meu primeiro concerto.
Ainda hoje me surpreende como é que foi possível juntar tanta gente, tantas editoras, tantos artistas e fazer uma coisa daquelas. No meio de uns anos 80 materialistas e virados para o culto do eu, a Band Aid foi a prova que pela música se pode ser altruísta e ajudar a combater as injustiças.
Vinte anos depois, as coisas em África mudaram pouco. «The Christmas bells that ring there, are the clanging chimes of doom». Por isso, ainda faz sentido falar de Band Aid. E comprar um CD single por 4 euros,, sabendo que se pode estar a fazer a diferença.
A versão de 2004 é muito mais Zen... Mas espelha vinte anos de música, de mundo, de evolução. E não fica nada aquém do original.
É lugar-comum deixar a solidariedade para o Natal. E também é lugar-comum dizer que se fôssemos solidários, todos os dias, não era preciso fazer Band Aid’s.
Mas eu não gosto de lugares-comuns... E prefiro pensar que, se em 365 dias, reservarmos um que seja para pensar que há crianças a morrer de fome. E aproveitarmos uma campanha para tentar remediar esse mal... Já estamos a fazer a diferença. Foi por isso que comprei o Band Aid 20. Feliz Natal.