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quinta-feira, julho 01, 2004

Bólha!!! 

Estava-se a ver. Com tanto futebol, tanto grito de golo e tanta buzinadela nas ruas, o meu filho ia ficar viciado. Quase um mês depois do início do Euro 2004, só quer bola. No sentido literal, e não no do desporto-rei.
A loucura vai a tal ponto que, no outro dia, eram 8 da manhã e estávamos nós envolvidos na azáfama matinal dos banhos, pequenos-almoços, arranja a mochila do bebé, prepara o termos com a comida, veste e muda a fralda, e a criança só pedia: «Bólha!»
E saltava para o chão e agarrava numa das muitas bolas que nós lhe oferecemos e fazia-a saltar, chutava-a, enfim, jogava com ela, como se estivéssemos na segunda parte do prolongamento do Portugal-Inglaterra e fosse necessário fazer um golo.
Confesso que uma das primeiras prendas que lhe dei foi uma réplica da bola oficial da Liga dos Campeões. Por isso, não é de espantar que ele esteja condicionado. Nem sequer me incomoda muito a obcessão. Ainda bem que o meu filho gosta de futebol. Ainda bem que não tem medo de uma bola. Ainda bem que corre pela relva.
O futebol é o desporto mais bonito do mundo. Os estádios cheios de gente. Aqueles 22 atletas a desenharem magia no relvado. Os gritos de golo. A emoção do penalty falhado. E por fim o apito libertador do árbitro, a confirmar a vitória ou a libertar-nos da humilhação da derrota. O futebol é o verde da relva e é o branco das linhas, mas é da cor de todos os corações generosos que se entregam ao jogo pelo jogo, sem mais, nem menos.
E é a «Bólha». Quer ela seja dominada pelos pés do Figo, quer seja pedida por um puto de 16 meses às sete da manhã, ainda antes do biberão com o leite matinal.

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